As fortes chuvas que nos últimos dias atingiram São Paulo e muitas outras partes do país, como Rio, tem deixado seus traços: múltiplos pontos de inundações, enchentes e inundações dos rios.
Ao longo do ano, o número de sinistros de auto causados pelas precipitações de chuva aumentou entre 20% e 25%, de acordo com o presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo), Leoncio de Arruda.
Se o seguro auto for total – disse Arruda – abrange todos os tipos de inundações. “Exceto em casos de negligência do motorista, quando entra de proposito na enchente, o seguro cobre tudo”.
Negligência do motorista
O presidente do Sincor disse que, esta semana, um polícia de São Paulo proibiu um motorista para ir em frente com o carro em uma região inundada. “Mesmo depois de ser proibido, a pessoa entrou na enchente. A automovel ficou. O policial no boletim de ocorrências policiais relacionou que o condutor foi proibido de avançar e que mesmo assim, foi. “Neste caso, a seguradora se recusa a pagar”.
Alvarez disse também que, exceto para o teste de negligência ou imprudência do condutor, testemunhas ou gravação de alguma autoridade, a seguradora paga todos os acidentes provocados por águas pluviais.
Ele dá um exemplo: se a pista está alagada, mas todos os carros passam e só o seu fica, não é uma imprudência. Agora, só os caminhões conseguem passar e não os outros veículos, e existem várias testemunhas que você têm enfrentado o dilúvio, mesmo com poucas chances de passar, houve uma negligência.
“O motorista tem agravado o risco, como se costuma dizer”, disse Arruda. “Equivalente é parar o carro à noite em um lugar deserto, com as portas abertas ea chave na ignição. A possibilidade de ser roubado é imensa”, acrescentou.
O Sincor oferece suporte telefônico para esclarecer esta e outras perguntas do segurado. O número é 0800-11-4999, ligação gratuita.
Conserto do carro acidentado
Pro Teste – Associação de Consumidores diz que, quando o dano não exceda 75% do veículo, a seguradora pode optar por consertar o carro, ao invés de “perda total”.
Neste caso, é importante que o segurado requera o orçamento de todos os elementos trocados e um prazo para devolver o carro.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, depois de pagar a franquia não é obrigada a devolver qualquer valor se o veículo necessita de voltar para a oficina.
Auto sem seguro
Segundo a Pro Teste, os motoristas que não têm seguro auto podem ir a tribunal para recuperar os danos no veículo. Nesse caso, o motorista sem seguro carro precisa comprovar que houve uma falta do poder público na manutenção das ruas e no controle de áreas de risco.
No entanto, a indenização (da cidade, do governo do estado ou até do governo federal), pode demorar para sair. “A indenização não se limita aos danos materiais. Podem também ser reivindicados danos morais e lucros cessantes, quando por exemple o motorista deixou de ganhar por não ter chegado ao trabalho na hora certa”, aconselha a associação.
Além disso, pessoas com renda abaixo de três salários mínimos podem interpor recurso para o Defensor Público Estadual. Outros motoristas necessitam de contratar um advogado.