Mercado de seguros é incompatível com tamanho do Brasil

O mercado brasileiro de seguros é incompatível com o tamanho da economia do País. ” O Brasil é a oitava maior economia do mundo, mas o mercado de seguros décima oitava maior do mundo”, disse em uma entrevista Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Banco Bradesco.

Em relação aos seguros, o gasto médio do brasileiro é de US$ 300 por ano, enquanto nos países mais desenvolvidos supera os US$ 2,5 mil. “Há muito o que crescer”, diz Trabuco. Por esse motivo, o banco escolheu a indústria de seguros como o segundo pilar do grupo sendo o primeiro as operações bancárias tradicionais, como crédito e serviços financeiros.

A população de baixa renda é um dos objetivos do banco Bradesco no setor de seguros. Há também uma nova classe que ainda não consome o produto, de pessoas de maior renda, filhos de pais de baixa renda que subiram de classe. Segundo uma pesquisa citada por Trabuco, 80% dos clientes de alta renda dos bancos têm poder de compra maior que os seus pais. “São pessoas que estudaram e tiveram vida melhor que os pais”, disse o executivo.

Para o novo público de baixa renda que está entrando no mercado de consumo, Trabuco diz que o País vai precisar abrir 100 milhões de contas correntes até 2020. “Se isso não ocorrer, o País falha enquanto nação.”

Entre os emergentes, Trabuco prevê não só pessoas físicas, mas também novas empresas sendo formadas e outras já existentes em crescimento. “Também haverá ascensão social nas entidades jurídicas”, disse ele.