Quando a gente pensa já ter ouvido de tudo, descobre que a criatividade humana pode ir além dos pensamentos mais fantasiosos: para enganar a seguradora e ganhar a indenização, um segurado simulou um roubo do carro enterrando nas fundações da casa que estava construindo, o cubrindo com terra e concreto.
Se não fosse por uma denúncia anônima a tentativa de fraude provavelmente nunca teria sido descoberta.
Esta é só a mais fantasiosa tentativa de enganar seguradora para obter um reembolso de um prejuízo que nunca aconteceu. Na semana passada a polícia acusou um casal por ter forjado um sequesto-relampago e ter colocado fogo no seu próprio carro, sempre com a intenção de pegar o dinheiro do seguro.
Como testemunha Julio Avellar, superintendente-geral da Central de Serviços da CNSeg (confederação nacional das seguradoras), incendiar o próprio carro é muito raro. As tentativas de fraude mais frequentes com carros são o “auto-roubo” e a inversão de culpa.
Neste último caso, acontece que quem sofre um sinistro assume a culpa porque sabe que o carro dele tem seguro e fica de acordo com o verdadeiro culpado para dividir o lucro da indenização.
No caso do falso roubo, o golpista normalmente vende o carro para um dismanche, para aproveitar das peças, e denúncia o roubo do carro para receber indenização da seguradora.
De acordo com os dados fornecidos pelas seguradoras, em 2011 foram 9.3% as indenizações que tinham suspeita de fraude, com um prejuízo pelas seguradoras de R$ 1,3 bilhão, já que apenas 1,4% das fraudes foram comprovadas.
(fonte: Folha de São Paulo)