Mercado de seguros deve representar 6% do PIB brasileiro até a metade desta década

Uma comissão especial permanente para debater como ajudar no crescimento do setor de seguros no país fui instalada no dia 10 de março pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Iniciativa inovadora, que irá reforçar o diálogo entre o órgão regulador e o mercado, de acordo com o superintendente da Susep, Armando Vergílio. Estima-se que este segmento da economia represente pelo menos 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na metade desta década.

A comissão será composta por diretores da Susep e representantes do mercado. Ela vai buscar, antecipou Vergílio, o aperfeiçoamento do quadro regulamentar e do ambiente do mercado, além do aprimoramento da gestão e da governança corporativa no setor dos seguros.

“Temos convicção, pelas projeções feitas nos últimos anos, que o mercado irá crescer de forma significativa, chegando a mais de 6% do PIB do Brasil na metade desta década”, disse o superintendente da Susep.

O micro-seguros, que o Governo Federal está desenhando para atender às camadas mais pobres da população, foi o grande promotor da criação da comissão especial permanente, afirmou Vergílio.

Segundo ele, a relação entre a Susep – órgão vinculado do Ministério da Fazenda – e o mercado é positiva, o que facilita o desenvolvimento de actividades voltadas ao crescimento do mercado. A expectativa é que o microsseguro seja lançado ainda no primeiro semestre do 2010.

A Susep, ressaltou Vergílio, trabalhará junto com o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional para completar em breve a legislação que cria o microsseguro e estabelece o quadro legal das medidas complementares.

O mercado brasileiro de seguros tem perspectiva de um crescimento médio até 20% em 2010. “Nos próximos anos, esse crescimento está bem sustentado”, disse o superintendente da Susep.

No ano passado, o mercado registou um volume de negócios de R$ 100 bilhões e mais de R$ 230 bilhões de reservas técnicas aplicadas no setor produtivo. “A gente vai dobrar isso nos próximos seis a sete anos, chegando a mais de 6% do PIB do Brasil, elevando o setor de seguros nacional a níveis que correspondem com o próprio tamanho da economia.”

O crescimento no ano passado foi de 13% em relação a 2008. Vergílio lembrou que 2008 foi um ano muito bom para o mercado de seguros, com crescimento de 17% sobre 2007.