Quando fazer um seguro é bom negócio?

Conselhos ùteis para contratar um seguro

Muitas vezes, o consumidor acaba pagando para se proteger de um problema que, por lei, a empresa já é obrigada a solucionar.

Sabe aquele monte de seguro? É seguro para o cartão. Para casa. Para viagem. Tem até seguro para o celular. Quem contrata muitos seguros ao mesmo tempo pode acabar perdendo dinheiro.

Muitas vezes, o consumidor acaba pagando para se proteger de um problema que, por lei, a empresa já é obrigada a solucionar. Mas, como saber, então, que tipo de seguro opcional deve ser contratado?

Seguro de viagem, de passagem, de cartão de crédito, de aparelho celular. A variedade é tão grande quanto o medo do prejuízo.

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“Nos dias de hoje, você não tem segurança de nada, já tem uma pré-segurança daquilo que pode te acontecer em um futuro muito próximo ou não. Esperamos que não”, diz o jornalista Alex Chinfraz.

“Eu tomo a maior precaução, tenho cuidados excessivos com cartão, não sei, acho que não vai acontecer nada”, comenta a psicóloga Elizabeth Moreno.

“É importante porque meu cartão já foi clonado e já foi roubado. A instituição de crédito cobriu os o gastos que fizeram no meu cartão. Não tive prejuízo nenhum. Não tive que pagar nada que não fosse meu. Valeu a pena. Tem coisa pior do que pagar conta dos outros?”, aponta a contadora Kátia Zanata.

“A gente contrata mais por segurança mesmo. Se acontecer alguma coisa, pelo menos eu estou resguardada”, diz a advogada Daiki Santana.

Como saber se é realmente necessário contratar um seguro? O jeito é analisar caso a caso. O Código de Defesa do Consumidor prevê que as empresas assumam o risco da atividade. Isso quer dizer que, na maioria das vezes, já existe proteção prevista em lei e o seguro só vale a pena se oferecer outras vantagens.

Por exemplo: o seguro de cartão de crédito é indicado para quem viaja muito ou tem gastos elevados, porque normalmente oferece cobertura maior e exige menos justificativas. O seguro de passagem aérea deve ser feito quando a data da viagem é muito importante, porque pode inclusive prever uma indenização pelo cancelamento ou atraso do voo.

“Esse seguro foi criado para o cliente que precisa de serviços adicionais. É o cliente que caso se frustre aquele objetivo, aquela viagem, aquele serviço que ele contratou, ele possa ser ressarcido de uma forma satisfatória”.

Já o seguro viagem, que cobre despesas com saúde, e o seguro desemprego para compras parceladas, são recomendados para todo mundo.

“Para qualquer tipo de viagem eu sempre coloco essa despesa a mais que eu acho muito importante”, destaca o consultor gastronômico Emanuel Lobo.

É preciso ficar atento. Seguros de cartão de crédito ou de passagens aéreas e de ônibus podem ser cobrados diretamente nas faturas. Se o consumidor não concordar, pode pedir que esses valores sejam descontados.

“O consumidor tem que optar expressamente por ter esse seguro e tem que conhecer exatamente os termos da apólice para saber o que estará contemplado como garantia, como bem nesse seguro”, explica a advogada do IDEC Maíra Feltrin Alves.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil, sites de grandes companhias aéreas oferecem a opção de incluir ou não o seguro na hora da compra. No caso de passagens de viagens terrestres interestaduais, o consumidor deve perguntar no guichê da rodoviária, ao comprar o bilhete, se está sendo cobrada a taxa de seguro. E se não concordar com a cobrança, ele pode pedir o desconto do valor.

Muita gente acaba contratando seguros mais baratos na hora da compra de uma passagem aérea, por exemplo, porque eles não doem no bolso e deixam a pessoa mais tranquila. Mas até nesses casos pode estar perdendo dinheiro.

Fonte: Bom dia Brasil – G1 TV Globo