Seguro de vida: mais seguradoras passaram a atuar no setor

O apetite das seguradoras também é grande por pequenas e médias empresas quando se trata de seguro de vida. Seguradoras que tradicionalmente são conhecidas por outros ramos de seguros passaram a atuar com apólice de vida e com focos nas pequenas empresas. Exemplos disso são a Ace (conhecida por grandes riscos), Marítima (bastante atuante em seguro para automóvel) e RSA (reconhecida por seguro de transporte).

O motivo da fome pelo segmento é que há muito espaço para crescer, a concorrência é menor, além de acordos de sindicatos de trabalhadores de bares e restaurantes, hotéis, metalúrgicas, construção civil, entre outros, exigem agora que as empresas contratem seguro de vida para seus funcionários.Como nos produtos de previdência fechada, os seguros de vida para os pequenos empreendedores devem ter suas diferenças.

A contratação mais simplificada é uma delas. “No momento de preencher a proposta, a empresa só precisa fornecer dados como número total de funcionários e o valor da cobertura. Não tem necessidade de informações mais detalhadas, como exigido das grandes empresas”, disse Amauri Santi, superintendente de Pequenas e Médias Empresas da ACE Seguradora. Isso porque o produto para o segmento oferece a mesma cobertura para todos os funcionários.

Já em uma empresa maior, onde existem mais escalas de hierarquia e salários, as coberturas são diferentes, o que exigemais informações. Segundo Santi, um plano de seguro de vida para uma empresa de 10 funcionários com uma cobertura de R$ 25 mil cada tem um custo mensal médio de R$ 150 para a empresa.

Coberturas adicionais
Também há coberturas adicionais que as empresas podem optar, como auxílio-funeral e cesta básica. Segundo o superintendente de Planejamento e Seguro de Pessoas da Marítima, Samy Hazan, apesar de operacional, a cobertura de funeral está incluida em praticamente todas as apólices, pois é um custo que muitas vezes onera as pequenas empresas no caso de falecimento de funcionários de baixa renda.

“Acabamos focando mais em pequenas e médias empresas agora, pelo crescimento do segmento. Isso porque emprega muita gente. Também há o fato de os acordos coletivos dos sindicatos de alguns setores estarem obrigando a contratação do seguro”, explica Hazan.