A lei do desmanche vai favorecer uma redução do 25% no preço do seguro de carro

Graças à lei federal do dismanche recentemente aprovada pelo governo junto com as legistações federais que regulamentam o setor, a expectativa é de uma caida dos preços dos seguros de carro, principalmente no ABC paulista como consequência da lei estadual para a atividade de desmanche, que têm como objetivo coibir crimes de roubo e furto de veículos.
Segundo uma estimativa de Arnaldo Odlevati Júnior, ex-diretor regional do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo, a previsão é de uma redução em média do 25% no valor do prêmio das apólices de seguro de carro.

Um desmanche de carrosA lei, que entrará em vigor no próximo 1 de julho, dispõe que todas as empresas de dismanche tenham um registro de todos os veículos adquiridos e seus componentes que devem poder ser identificados por um sistema de rastreabilidade, de maneira que o Governo possa conferir e fiscalizar cada etapa do processo de desmontagem, até a venda das peças ao consumidor final.
O objetivo da lei é combater o roubo de carro: a Secretaria de Segurança Pública do Estado afirmou que na Argentina, onde foi implantada uma medida semelhante, os roubos de carros cairam do 50%.

Como consequência da redução dos roubos vem a espectativa de uma redução do preço do seguro de carro, como o número de roubos é um dos principais fatores que as seguradoras avaliam para calcular o valor do prêmio do seguro.

Adhemar Fuji, assessor do Sindseg-SP, ressalva que a medida, para ter atuação efetiva, precisa da colaboração do consumindor final, pois cabe a ele exigir peças certificadas, que mostrem sua procedência.

Inspirado pela lei aprovada pelo Estado de São Paulo, também o Governo Federal criou uma lei para regulamentar o setor dos dismanches em todo o País. Sancionada pela Presidente Dilma Rousseff no final de maio, a lei entrará em vigor em maio 2015 e prevê a criação de um banco de dados nacional que terá o registro de todas as peças retiradas dos veículos desmanchados no Brasil e informações sobre a destinação final de cada peça: se será para reposição ou para sucata.
A implementação e a gestão do banco de dados ficarão a cargo do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que vai regulamentar a norma e detalhar sua execução.